Resolvi vasculhar esse mundo blogueiro, e lendo em diversos lugares, resolvi pensar o que eu fazia quando tinha 15 anos, engraçado, já faz 8 anos que tive essa idade. Naquela época acho que não pensava muito em ler, concentrava-me apenas na minha pseudo depressão e compulsivamente - como diversos adolescentes - ouvia àquele muito guiou os "pseudo" revoltados da minha época. E, escutando Legião, acreditava até que seria cantora, acreditava que faria uma revolução. Mas, se calcularem, perceberão que nasci na geração do comodismo, onde as revoltas manifestam-se apenas contra os pais. E, assim como todos os meus amigos, segui o sistema. Dois anos após minha crise de identidade adolescente passei a estudar jornalismo, por um motivo desconhecido, lá estava eu aprendendo a informar uma sociedade totalmente desinformada. Não finjo que tinha mitos, não os possuía... não acreditava mais que faria algo de notável e maravilhoso ao mundo. Isso acontece periodicamente em minha mente absolutamnte fértil.
Não que os sonhos morram, não gosto de pensar nisso, afinal, sou uma sonhadora convicta, a diferença é que agora os sonhos são mais reais e menos poéticos. Vi, analisei que minha adolescência passou como um leve suspiro, e dela carrego apenas experiências que poderiam ser até mesmo indispensáveis, mas antes legião que funk - aí sim, acho que cortaria os pulsos.
Hoje, aos 23, não sou nenhum prodígio, continuo sendo normal... mas as aspirações são reais, assim como as conquistas e os próximos passos que darei terão que ser bem pensados. Não posso mais me trancar no quarto e fingir que não conheço essa realidade. Resta-me ler, e por meio das minhas imaginações sonhar com a adolescente que poderia ter sido, e com a mulher que passarei a ser.