quarta-feira, outubro 31, 2007

Resmungando um pouco!

Resolvi vasculhar esse mundo blogueiro, e lendo em diversos lugares, resolvi pensar o que eu fazia quando tinha 15 anos, engraçado, já faz 8 anos que tive essa idade. Naquela época acho que não pensava muito em ler, concentrava-me apenas na minha pseudo depressão e compulsivamente - como diversos adolescentes - ouvia àquele muito guiou os "pseudo" revoltados da minha época. E, escutando Legião, acreditava até que seria cantora, acreditava que faria uma revolução. Mas, se calcularem, perceberão que nasci na geração do comodismo, onde as revoltas manifestam-se apenas contra os pais. E, assim como todos os meus amigos, segui o sistema. Dois anos após minha crise de identidade adolescente passei a estudar jornalismo, por um motivo desconhecido, lá estava eu aprendendo a informar uma sociedade totalmente desinformada. Não finjo que tinha mitos, não os possuía... não acreditava mais que faria algo de notável e maravilhoso ao mundo. Isso acontece periodicamente em minha mente absolutamnte fértil.
Não que os sonhos morram, não gosto de pensar nisso, afinal, sou uma sonhadora convicta, a diferença é que agora os sonhos são mais reais e menos poéticos. Vi, analisei que minha adolescência passou como um leve suspiro, e dela carrego apenas experiências que poderiam ser até mesmo indispensáveis, mas antes legião que funk - aí sim, acho que cortaria os pulsos.
Hoje, aos 23, não sou nenhum prodígio, continuo sendo normal... mas as aspirações são reais, assim como as conquistas e os próximos passos que darei terão que ser bem pensados. Não posso mais me trancar no quarto e fingir que não conheço essa realidade. Resta-me ler, e por meio das minhas imaginações sonhar com a adolescente que poderia ter sido, e com a mulher que passarei a ser.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Tempo

Escutando Lenine, mais precisamente Paciência, pensei no tempo raro que perco e também naquele que ganho. Pensando em tempo, pensei nos anos que passam, pensei que esse último ano aprendi a valorizar o tempo que escoa entre os dedos. Assim como a areia de uma antiga ampulheta que contava o tempo. E esse Tempo insiste em me agoniar, em minha mente criei uma ampulheta, só que os grãos caem tão devagar quando não quero, e tão rápido quando preciso que ele pare. Não falo da idade, isso eu já me acostumei... falo da calma, que não tenho, falo da pressa que não tenho, e logo reclamo desse maldito tempo.

E, quero insistemente que chegues, e não quero mais que te vás. Falta pouco pra esse tempo conspirar ao meu favor.
Tecendo realidades, esse mês que o tempo fez acabar, comemorou também o tempo que contigo estou - quem diria que me aguentarias 4 anos.
Por fim, posto paciência, que tem estado no Topo das mais escutadas no meu companheiro mp3, que me acompanha diariamente no tempo que perco até o trabalho e no tempo que me persegue até a tua chegada.

Paciência

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

A vida não pára!...
A vida é tão rara!...

quarta-feira, outubro 17, 2007

Adeus!

Em homenagem ao grande ator Paulo Autran, posto aqui uma frase que dele sobre a velhice.

"Com a velhice, a gente vai tendo inperfeições na pele. Deus é tão bom que ele vai nos fazendo perder a visão. Então, a gente olha no espelho e não vê as imperfeições. Mas, fora de brincadeira, eu não sei o que eu ganhei com a velhice. Também não perdi muita coisa. Eu fiquei mais maduro. Mas acho que ficar maduro não é uma questão de tempo: é uma questão de inteligência e temperamento. Tem muita gente da minha idade que não amadureceu, continua tão impulsivo quanto um adolescente. Então, não sei.
Eu, por exemplo, adorava dançar quando era jovem. Agora não posso nem pensar em dançar, porque não tenho mais fôlego para dançar. Em compensação, Deus é tão bom que eu não tenho a menor vontade de dançar"



Paulo Autran morreu aos 85 anos, a há pouco ainda apresentava-se na sua mais famosa peça teatral - O Avarento.
Acho que vou ver mais filmes em que ele apareça, já que as peças ficam mais complicadas.

segunda-feira, outubro 15, 2007

"Descobrimos como é divertido buscar a feiúra, porque a feiúra é mais interessante que a beleza. A beleza frequentemente é entediante. Todo mundo sabe o que é a beleza" Umberto Eco



Li essa frase hoje, e parei pra pensar que a beleza não se torna entediante, ela se transforma em sucessivas análises em busca da feiúra, muitas obtidas com êxito. Porém, dessa forma, chegamos a conclusão de que voltamos ao tema feiúra. A feiúra pode ser transformada em beleza, quando as pessoas possuem algo, que eu não sei explicar, mas que as torna seres divinos, ainda que possuam uma cara engraçada ou defeitos grotescos - assim como o corcunda de Notre- Dame.
Porém, imaginem o Corcunda sem nenhuma simpatia, sem nada que o torne bonito. Daí, a feiúra não se torna interessante, torna-se uma grande aberração, e eu diria também, que transforma-se em algo insuportável e intragável.

terça-feira, outubro 02, 2007



O vento insiste em despentear o cabelo que levo horas pra alisar, o vento insiste em quase me levar. Mas, mesmo quase voando ao cruzar esquinas especiais (grande hotel com praça coronel Pedro Osório), ainda gosto dessa estação. Gosto do sol, fraquinho e com um calor agradável. Gosto de me acordar com os passarinhos e com claridade que não desiste de invadir a janela do meu quarto.

Não gosto de calor, estava feliz com o inverno. Agora estou com medo do verão. Espero que a primavera custe a acabar.

Quando não temos o que postar no blog, escrevemos sobre bobagens :D
 
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