segunda-feira, maio 29, 2006

Um pouco do "novo" cinema brasileiro

Existencialismo, sobrevivência, esperança e consolo certamente são as palavras que abarcam o filme Casa de Areia. Um novo filme, de um novo cinema brasileiro que está chegando, espero eu que fique. Tudo no filme é novo, exceto as veteranas atrizes "Fernandas" Montenegro e Torres, contracenando o parentesco existente entre elas. Mãe e filha, gerações que permancem estagnadas na areia.

O elenco central está com as 'Fernandas' e no decorrer das gerações vão alternando-se, mudando de papéis. O conflito do filme está em não querer permanecer eternamente no Areial, mas quanto mais o tempo passa, mais a penúltima geração acomoda-se e deseja permancer.

Um filme com uma nova linguagem, um filme bastante novo, do que considero, uma nova retomada do cinema brasileiro.



.....Um pouco dos meus conflitos.....


Bom, estou bastante feliz porque passei no "concurso" da prefeitura. É pra contrato emergencial, mas "edaí" to feliz mesmo assim. Ainda não sei quando começo a trabalhar, mas só saber que nçao estou mais oficialmente desempregada já é um alívio. De resto tudo ótimo, só ando com saudade dos meus amigos :D

sábado, maio 20, 2006

Loucuras e cinema

Mil olhos pareciam que me rodiavam, pareciam que roubavam minhas palavras e até mesmo meus pensamentos. Senti minha mente invadida e diminuída. De repente, vi que não sabia mais onde estava e onde queria estar.

Tenho certo medo de multidões que me avaliam, tenho medo de encarar as provações a que somos impostos, mas não tenho medo de seguir em frente.

Aqui nesse humilde blog, não me sinto invadida e minhas unhas pintadas de vermelho até que não me atrapalham tanto, apenas ofuscam.

Vi, hoje, o filme Dear Frankie, de uma diretora polonesa estreante. O que dizer? Uma obra sensível, que me remete muito ao magnifíco diretor, também polonês Kieslowski. Um filme feito de imagens, onde as falas, muitas vezes, tornan-se indispensáveis.

Gosto de apreciar o bom cinema poético, um cinema que nos invade e perturba os nossos sentimentos. Assim que vejo o cinema de Krzysztof Kieslowski, dono de um nome complexo e uma obra complexa.



Por muitos, conhecido por sua trilogia das cores, obra fantástica, onde através das cores da França contou suas históras, mas também autor de obras que no Brasil são desconhecidas, como: O Decálogo, A cicatriz e a Dupla Vida de Veronique. Filmes estes quase impossíveis de encontrar.

Decálogo: Kieslowski resolveu fazer uma série de TV sobre os dez mandamentos e como resultado fez os filmes Não Amarás e Não Matarás. Quem deseja entender o que os mandamentos pretedem dizer, basta ver essa interpretação sensacional.


Aqui em Pelotas esses filmes podem ser encontrados em VHs, em um único exemplar que encontrei na AC, locadora tradicional da Cohabpel, mas que torna-se despercebida devido nova locadora de dvds VEJA e pela padaria Colosso.

Quem aprecia esse cinema, assistam. E para quem tem Telecine, não sei exatamente quando, mas vai haver exibição de filmes do diretor polonês e documentários sobre ele. Não sei a data porque adiaram por problemas contratuais. Vou ter que esperar....

domingo, maio 14, 2006

Plágio da Alma



Até que ponto somos orginais ou simplesmente influenciados pelas regras ditatoriais da moda. Não que a siga vigorosamente, mas sempre, consciente ou incoscientemente deixo-me seduzir, acrecentando sempre que possível um toque de personalidade. Sinto-me profundamente irritada com a perca de autenticidade, com réplicas mal feitas.

Odeio plágios, sempre apreciei a autenticidade e criatividade que podemos ter, na verdade sempre admirei. Porém há tempos que sinto-me usurpada, roubada. Chego a pensar que não existe mais um "eu" solitário, um único ser. Não sou mais apenas uma, divido-me com todos que me roubam.

Penso, bastante solitáriamente, quantas vezes roubam a minha personalidade tentando, talvez, destituir-me da minha própria existência. Não temo desaparecer, mas irrito-me com o fato de não ser mais única, o que sempre gostei de ser.

Acabo refletindo se não faço o mesmo, mas nunca me vi imitando, aliás que "coisa feia". É tão bom ser único em um planeta inteiro, é ótimo ter detalhes, estilos, modos de falar que nos caracterizam. Não entendo como as pessoas se transformam naquilo que não são. Deixando assim de serem esses seres únicos.

Compreendo ideais (de vida, de personalidades), mas definitivamente não entendo aqueles que deixam de existir.

Deixo assim um questionamento: Quem nunca se sentiu plagiado?

sexta-feira, maio 05, 2006

Sinto



Sinto falta do olhar apreensivo
do medo inicial
do jeito doce de chegar
do abraço apertado
do rosto feliz
dos meus e dos teus risos
das horas que não passavam
dos momentos que se perdiam na magnitude da felicidade
da simplicidade dos gestos
do inescrupuloso desejo
dos primeiros aniversários
das primeiras palavras
e morro de saudade dos dias que ainda não chegaram
das horas que chegarão.
 
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