quinta-feira, junho 18, 2009

Ironia no país das maravilhas

Brasil aprova nova lei e prega liberdade de imprensa. Considera desnecessária a obrigação do diploma, mas detêm o maior e mais forte meio de comunicação.

Bem vindos ao circo, bem vindos ao mundo de fantasias, bem vindos ao brasil - em minúscula sim, pela sua completa inexistência. Aos que não conhecem esse país, não perderam nada, aos que pensam que aqui é uma selva, cheia de macacos e índios, ou que é apenas o mundo do carnaval, da festa e da pinga; não deixam de estar errados. Um país inventado há pouco mais que 500 anos, não poderia ter outra atitude. Ser governado por um primata, aspirante a modernista. Não poderíamos esperar outra coisa. Ele nos representa, personifica quem o povo brasileiro é - em sua maioria claro, visto que ao menos aqui há democracia.

E por causa desta democracia este país concedeu uma nova lei, que permite que todos possam se intular Jornalistas, atuar como jornalistas, visando a liberdade de comunicação. Isto claro, vindo de um país onde não há nenhuma fiscalização, ou seja, agora apenas foi oficializado e permitido. Assim como provavelmente demais leis venham permitir todas a ilegalidades que aqui ocorrem, como prostituição, tráfico de drogas, entre tantos crimes tidos ilegais e que são praticados com liberdade no país das maravilhas chamado brasil.

Neste país onde milhares estão desempregados e na miséria, onde a maioria mal consegue se alfabetizar, onde o ensino é precário, onde poucas pessoas tem acesso a informação, oficializa o direito a liberdade de expressão - todos podem e devem escrever.

Não me lembro de isso não estar sendo realizado antes dessa lei, já que vivemos sim na geração da informação, vemos milhares de pessoas usando a internet para isso, e gritando ao mundo milhares de informações. Mundo este, que no Brasil ainda é bastante restrito, pois a maioria ainda escuta o bom e velhinho radio, ou então a famosa tv, nos lugares onde há energia - claro, não podemos esquecer que no brasil, boa parte da população não possuí energia elétrica, água encanada e saneamento básico. Mas a concessão para este meio de comunicação não foi liberada, curiosamente que detém o maior poder de comunicação ainda é o governo. Eles na verdade são os responsáveis pelas concessões.

No país de mentiras e conveniências, ironicamente libera qualquer um a ser portador da comunicação, mas vende o espaço chamado Radio e TV, estes os maiores responsáveis pela informação. O governo deste país continua sendo o maior portador de comunicação, esta comprada e vendida apenas para veículos que lhes interessa.

Porém quando a população rebela-se, criam rádios e tvs comunitárias, estas são sumariamente fechadas, e são concedidas poucas, sendo estas limitadas por regiões. O que me faz crer, que não é qualquer um que pode ser portador de informação, e que a consolidação dessa lei tem como única razão desprestigiar quem um dia se esforçou para legitimar e qualificar uma profissão.

Mas a minha maior curiosade é, quando foi proíbido a qualquer pessoa cursar uma faculdade de jornalismo? Se nem todos conseguem é porque o nosso querido governo não ajuda. Se nem todos querem... isso não é relevante.

E a partir de agora, as outras faculdades não deveriam ser repensadas? Cursos como direito, podem e deveriam ser praticados por qualquer um também, já que para exercê-lo, é necessário apenas ler alguns livros sobre lei.

As instuições de ensino deveriam ser repensadas, repaginadas, ou seja, matérias gerais em primeiro lugar e após uma especialização. Ou melhor, destruam as universidades, destruam aquilo que um dia tentou lhes tornar melhores. Voltemos ao primórdios, quem quiser estudar, que leia livros.

Um dos ministros que sancionou a nova lei, disse que o jornalismo sempre foi praticado por intelectuais. Aonde eu compro o meu medidor para intelectualidade? Isso será uma restrição para exercer a profissão?
 
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