domingo, julho 31, 2005

Lars Von Trier e Deus






Acabei de ler um artigo incrível, uma análise sobre o filme Dogville. O papel da classe trabalhadora e o fato de como são tratados pela burguesia. Ele compara Grace a Cristo, e como ele seria tratado se estivesse aqui. Afinal Cristo é um ser bondoso e generoso, que só prega o bem. Jamais iria se opor às crueldades que poderia vir a sofrer.

Assim como a personagem de Grace do filme Dogville, sofre todas as provações, sem jamais se manifestar, até o momento em que é traída pela única pessoa que ela não esperava. Nesse momento ela reage. O autor do artigo diz acreditar que a conversa entre Grace e o pai, é uma conversa entre Deus e o Cristo. E nessa conversa decidem que todos devem ser mortos para que possa haver uma sociedade melhor.

Quanto mais eu leio artigos sobre os filmes do Lars Von Trier, mais eu me impressiono com a genialidade dele. Dono de um talento nato, que consegue incomodar a qualquer espectador que veja os seus filmes. Sempre há um incomodo. Não é possível ver até o final e não se revoltar.

Quando chega ao final do filme somos favoráveis ao massacre. Não ficamos perplexos com as mortes. Ao contrário ficamos felizes, achando que o bem foi feito.

Nesse filme vemos uma sociedade corrompida, até mesmo as crianças. Não vemos princípios morais, éticos ou cristãos. Vemos apenas o interesse de cada personagem.

Lars consegue nos mostrar uma sociedade que vemos todos os dias. Realmente esse diretor é impressionante.



Bom quem quiser ver o artigo, basta entrar nessa página. Pausa para a filosofia

domingo, julho 24, 2005

A desilusão do Wonka Mãos de Tesoura


Não desprezo o trabalho do diretor, até acho que para uma refilmagem de um clássico, ele foi bem feliz. Mas para quê refazer algo já era perfeito. Não li o livro, sou apenas uma fã de um filme que marcou a minnha infância. Tive medo dos Oompa Loompas. Adorava a magia do filme. Sim ele tinha magia, e isso não foi recriado pelo diretor, que tratou as crianças, ou os seus expectadores de forma simples. Criando um filme onde nada é subjetivo e sim objetivo. As músicas dos Oompa Loompas, antes eram metáforas, agora são explicítas. O Willy Wonka, quando interpretado pelo Gene Wilder, além de ser mágico também era uma icóginita. Não era fácil de assimilar sua personalidade. Ele era assustador e bom.
O roteiro também ficou meio simplório, porque o novo Charlie não erra?
Infelizmente não li o livro, portanto não estou questionando a obra literária e sim a refilmagem. Não achei necessário os flashbacks, assim como não me fazia falta saber como era a vida pessoal do Wonka. E o pior na minha opinião foram as alusões que o diretor fez aos seus próprios filmes, por exemplo a cena em o que Jonny Deep corta a faixa, e é feito um plano aberto dele com a tesoura, ou aquelas máquinas de fazer chocolate que também recriam outra cena do filme Edward mãos de tesoura.
E para concluir o personagem de Wonka, não é mais assustador e sim um palhaço, uma criança que não teve infância. E como única cena que possa transmitir o medo, são os bonecos sendo queimados, cena esta que considero indispensável.
Não é um filme mágico, não tem mais aquelas músicas que me deixavam fascinadas e não tem aquele final. " Sabe o que aconteceu com aquele menino que conseguiu tudo o que queria. Foi a pessoa mais feliz do mundo". Acho que é mais ou menos assim.

 
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