quinta-feira, janeiro 25, 2007

Sobre mim, humanidade e enfins



Quais são os reais problemas que nos perseguem, as reais proporções para as nossas demagogias, os reais interesses que nos norteiam. Paro, medito, reflito até sobre complexos, ambições, buscando urgentemente respostas.
Dizem que quanto mais conhecemos as pessoas, menos gostamos delas. Acredito fielmente nessa prerrogativa. É com o tempo que os reais sentimentos se afloram, e as malignitudes revelam-se. Se eu prestasse menos atenção, não reparasse tão minuciosamente nestes comportamentos, talvez não escrevesse esse texto. Mas, todos têm problemas, e o meu é observar, e até mesmo quando não quero saber eu descubro. Não entendo, não entendo, e não entendo.
Se todos ocupássemos lugares corretos, e fossemos menos invasivos, audaciosos e até mesmo mesquinhos. Chegando ao ponto de utilizar as pessoas como meros fantoches, de uma exibição narcisista, que apenas contempla e exalta uma prioridade de vida não obtida.
Percebo quase que diariamente, como é comum as pessoas serem assim; e irrita-me tanto, que nem o grito afastaria isso. Tenho pena, daqueles que por amor, abengam-se,e não enxergam reais motivos, preferindo acreditar em sentimentos puros; mas os outros, aqueles que vêem em entrelinhas, sentem pena, raiva... Assim como eu.
Não entendo este sonho de vida, não vejo felicidade, em ser o que não se é, em viver o que não se tem, em não gostar realmente das pessoas...
Talvez eu goste de mais, de todos, amigos, parentes-mesmo quando irritam, e tendo espaço, claro, para a minha coleção de animais de estimação.
O ser humano é complicado, ver o que acontece na rua, em casa, e ver que em todos os lugares é assim; que sempre existe uma - não várias frutas podres no cesto; que existem mais vilões que heróis, mais assassinos que mártires. Quase não se colhem mais frutos bons. Fico feliz, em conviver com tantos frutos bons, e triste de conviver com alguns podres. Fico pessimista quanto à sociedade, realista em demasia. Mas, não perco as esperanças, e sei que, na minha história, na minha narrativa, o final sempre será feliz.
E desejo isso para todos aqueles, que por oras, aventuram-se nesse mundo complicado, intimista, amedrontador. Não sei onde este texto (cheio de negações) quer chegar, sei que é apenas mais de uma de minhas loucuras expostas em palavras codificadas, que talvez Pierce desvende. Ou como prefiro, uma análise da minha psique responda o porquê de eu ser assim. Será que é meu inconsciente coletivo se manifestando, a minha herança genética se rebelando. Ou então, prefiro assim, atesto-me como louca e refugio-me aqui para "parafreasenado meu amigo Marcelo" devanear compulsivamente, transformar este quebra-cabeça em algo impossível de ser montado, deixar minhas frustrações e indignações com o mundo aqui, todas aqui, como há tempos faço. Escrever para que poucas leiam, escrever porque me faz feliz, digitar desordenadamente palavras que surgim, emergem nessas compulsões desmedidas de desabafo. E agora, sentir-me tranqüila para colocar esse simples PONTO FINAL

4 Comments:

  • At sexta-feira, janeiro 26, 2007 10:27:00 PM, Blogger Unknown said…

    estamos cada vez mais líquidos.

    conhecer as pessoas profundamente é trágico, acho que é por isso que não consigo amar nenhuma das minhas paixões.

    beijos

     
  • At sábado, fevereiro 03, 2007 4:00:00 AM, Blogger Devaneios em Série said…

    Este comentário foi removido por um administrador do blog.

     
  • At sábado, fevereiro 03, 2007 4:02:00 AM, Blogger Devaneios em Série said…

    a humanidade erra. a individualidade tem chance de reverter os erros. se isso vai acontecer um dia? confesso que não sei a resposta...mas tenho a esperança de que todos, um dia, revelem-se pelo menos a si mesmos.

    adorei o texto, e te adoro também.
    devaneia! faz bem para a alma...

     
  • At quarta-feira, abril 25, 2007 3:09:00 PM, Anonymous Anônimo said…

    Oi Thaise, por acaso acabei lendo seus textos. Achei maravilhosos! Meio confusos, indagantes!
    Também me chamo Thaise, Faço faculdade de Letras, e fiquei inpressionada com amaneira que você expõe seus pensamento. Gostaria de conseguir me expressar tão bem quanto você, mas se não posso, continuarei lendo seus texto e me confortando por existir alguém com pensamentos tão loucos quanto os meus.
    Abraço e sucesso!!

     

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