Quero ser algo, que não seja eu

Desnuda de meus princípios, repleta de medos e inseguranças. Chorando compulsivamente os meus medos, vivendo de prelúdios mal explanados, correndo contra o tempo, buscando o meu lugar. A indefinição dessa rotina, meus tormentos, meus desalentos. Fujo tanto, corro, paro, enfim nunca chego.

Quisera viver de pouco, poucas virtudes, fosse eu uma simples bromélia, quem sabe um jacarandá. Flores são mais bonitas, mas murchas ficam depressivas. E se eu fosse um arco-íris, seria plenamente feliz, até que descobrissem o pote ouro escondido, no fim do arco-íris. Quantos procurariam, e a minha paz acabaria.

Uma cachoeira, quem sabe, tão forte, tão fria e tão inóspita. Mas haveria fotógrafos, desbravadores em busca de aventuras.

Onde, onde eu estaria tranqüila, sem o infortúnio, sem infelicidade... Onde acharei a paz tão ambicionada, requerendo suas cores vivas, seu brilho e seu glamour. Não quero viver na escuridão, não quero mais os dias da cidade, não quero o campo, e não quero novidades.

Não me interessa ser outra pessoa, busco apenas um objeto, este vivo ou inanimado. Quem sabe um tigre, um gato, elásticos, precisos e charmosos. Ou então, lobos, uivantes e destemidos. Não adianta, todos sofrem interferências, todos mudam, todos fogem, todos esquecem suas origens. Acho que continuarei sendo eu, assim, mutável, complexa, fraca e forte, menina e mulher. Repleta de saudades e cheia de anseios. Assim... Como sempre me conheci, e ainda sonhando com novas formas existenciais.

PS: Acho que esse blog está voltando a sua rotina, textos estranhos, sem lógica e sem dissernimento. No final tudo volta ao normal.