segunda-feira, agosto 21, 2006

Um desabafo a respeito da minha e das demais realidades

Talvez uma aspirante a contista, mas cada vez mais uma cronista da vida, dos medos e da simplória rotina. Queria criar personagens enigmáticos, fantásticos e especiais, mas acabo preferindo admirá-los, vê-los em meu cotidiano, para depois explanar, através de uma análise minuciosa, tudo o que advém deles.
Me perco em tudo o que gostaria de ser, porém cada vez justifica-se mais a crítica, e como gosto disso. Criticar um bom ou mau filme, mencionando seus méritos e deméritos, e como gosto de ler e ver tudo sobre isso. Uma de minhas análises preferidas, torna-se sempre o ser humano, muitas vezes poético, e tantas outras inexplicável.
Questionar a existência de algumas personalidades torna-se algo fantástico, e um trabalho extremamente minucioso, como quem elabora um personagem muito bem detalhado - aliás, isso é uma boa fundamentação para um personagem.
Descobri que essa exploração humana, é quase que, um fio condutor para uma própria análise da minha alma, pois através de tantas reflexões, acabo enriquecendo minha própria personalidade, e a minha auto - análise.
Vejo constantemente, uma busca, que até hoje não defini direito, a busca de uma autenticidade através do consumo desenfreado de nossas almas, de nossa vida. E percebo que cada vez mais nos importamos com uma sociedade egoísta e pouco apreensiva. A humanidade, em si é a obra mais complexa de todos os exemplares já feitos, visto que é a base de toda teoria e de toda a ficção.
Somos exemplificados em filmes, livros, e somos ignorantes ao ponto de não perceber as inúmeras críticas, a quais somos acometidos. Criarei um dia um personagem, desvencilhado dessa rotina, mas certamente o mais característico de toda a minha geração. Assim como fez Truffaut em toda a sua filmografia, expôs claramente suas ânsias, realizando uma análise magnífica do seu próprio eu.
Já o meu eu, ainda não se fortaleceu o suficiente, pois ainda é descrente de certas teorias aplicadas imageticamente em meus conceitos, um tanto convencionais e outro tanto complexos. Quero explorar a fundo minha própria identidade e imprimi-la notoriamente em minha e nas demais existências.

1 Comments:

  • At quarta-feira, agosto 30, 2006 10:50:00 AM, Blogger Dona Fernanda said…

    sabe... seria divertidíssimo sermos personagens de HQs, certamente eu seria um tipo feito a Mônica! Mas quanto à memória, estaremos enquanto estivermos vivos, guardados nas nossas lembranças, nos nossos escritos, nas fotografias, nas frases soltas de uma noite embriagada, nas risadas debochadas, nos nossos encontros e desencontros, estaremos sempre na memória de cada um, como personagens de filmes, livros, HQs e até mesmo na voz de infinitas canções.

    bjks

     

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